A fantasia e o sintoma: reflexões a partir da clínica e da teoria psicanalítica

Ao longo da minha trajetória na Psicanálise, dois conceitos sempre me chamaram atenção por sua força teórica e clínica: a fantasia e o sintoma. Foi com o desejo de aprofundar esse tema que desenvolvi o artigo que agora compartilho com você.

Neste texto, revisito os principais autores da Psicanálise — com ênfase na obra de Freud — para investigar como se constrói o conceito de fantasia, quais são suas funções e, principalmente, como ela se relaciona com a formação dos sintomas neuróticos. A fantasia, tal como compreendida pela Psicanálise, vai muito além do devaneio consciente: ela participa da constituição do sujeito, atravessa o desejo e marca presença desde os primeiros momentos da vida psíquica.

A partir da análise do conhecido caso Dora, de Freud, discuto como as fantasias inconscientes podem encontrar no corpo uma via de expressão, quando barradas pelas exigências da realidade. Ao não conseguirem se manifestar por vias simbólicas ou sublimatórias, essas fantasias se condensam em sintomas, trazendo sofrimento, mas também revelando uma forma de satisfação inconsciente.

Dora, paciente de Freud

Além disso, trago no artigo uma reflexão sobre o papel da experiência de satisfação na primeira infância, da identificação com o olhar materno e da incidência da castração como fatores fundamentais para o desenvolvimento saudável da capacidade de fantasiar. Quando essas etapas não se consolidam adequadamente, o sujeito pode encontrar na repetição sintomática uma forma de se manter ligado a fantasias não simbolizadas.

O estudo que proponho é, portanto, um convite a pensar o sintoma como uma concretização da fantasia — e não apenas como algo a ser eliminado. Trata-se de uma construção simbólica que, muitas vezes, precisa ser escutada e interpretada, e não apenas combatida.

Se esse tema te interessa, te convido a ler o artigo completo, onde aprofundo cada um desses pontos com maior detalhe.